Ana Néri (1814-1880) foi a pioneira da enfermagem no Brasil.
Prestou serviços voluntários, nos hospitais militares de Assunção,
Corriente e Humaitá, durante a Guerra do Paraguai.
Ana Néri (1814-1880) nasceu em Vila da Cachoeira do Paraguaçu, Bahia, no
dia 13 de dezembro de 1814. Casou-se aos 23 anos com Isidoro Antônio
Néri, capitão-de-fragata da Marinha, que estava sempre no mar. Ana
acostumou-se a ter a casa sob sua responsabilidade. Ficou viúva com 29
anos. Em 1843, seu marido morre a bordo do veleiro Três de Maio, no
Maranhão. Criou sozinha os três filhos, Justiniano, Isidoro e Pedro
Antônio. Os dois primeiros tornaram-se médicos e o Pedro Antônio,
militar.
Em 1865, o Brasil integrou a Tríplice Aliança, que lutou na Guerra do
Paraguai. Os filhos de Ana Néri foram convocados para lutar no campo de
batalha. Sensibilizada com a dor da separação, no dia 8 de agosto,
escreveu ao presidente da província oferecendo-se para cuidar dos
feridos de guerra, enquanto o conflito durasse. Seu pedido foi aceito.

Apesar da falta de condições, pouca higiene, falta de materiais e
excesso de doentes, Ana Néri chamou a atenção, por sua dedicação ao
trabalho como enfermeira, por todos os hospitais onde passou.
Ana montou uma enfermaria-modelo em Assunção, capital paraguaia, sitiada
pelo exército brasileiro. No final da guerra, em 1870, Ana voltou ao
Brasil com três órfãos de guerra. Foi homenageada com a Medalha Geral de
Campanha e a Medalha Humanitária de Primeira Classe. D. Pedro II, por
decreto, lhe concedeu uma pensão vitalícia.
Ana Justina Ferreira Neri, faleceu no Rio de Janeiro em 20 de maio de 1880.
Carlos Chagas batizou com o nome de Ana Néri a primeira escola oficial
brasileira de enfermagem, em 1926.
O dia do enfermeiro é comemorado no
dia 20 de maio.
Nenhum comentário:
Postar um comentário