O MODELO ROMANO
3e séc. a.C: Império Romano - Primeiros grupos de escravos bombeiros comunitários, bem como a criação de primeiras
guarnições de escravos particulares para combate a incêndios;
250 a.C.: Alexandria - O engenheiro Ctesibius inventa, no
Egito, a
primeira bomba manual portátil de pistão (com um cilindro,
tipo ampola
injetora) para combate a incêndios, sendo aperfeiçoada
posteriormente
(com dois pistões) pelo matemático e mecânico grego Heron
(séc. I d.C.).
Cópia de sua descrição original, em latim, feita por
Vitruvius, matemático
e mecânico romano, em seu tratado de arquitetura, mais de
150 anos
apos sua invenção (24 a.C.), encontra-se junto a um espécime
similar,
advinda do Arsenal de Marinha de D. Pedro II, em 1856, que
foi a
primeira bomba manual de nosso Corpo de Bombeiros,
atualmente
existente no Centre Cultural e Histórico do Corpo de
Bombeiros.
1º séc. a.C.: Primeiros bombeiros militares recrutados entre legionários aposentados.
70 a.C.: Roma - Primeira brigada particular para combate a incêndios (cônsul Crassus).
24 a.C.: Roma - Brigadas de escravos particulares para
combate a incêndios (diretor de policia Rufus);
21 a.C.: Roma - Guarnição de 600 escravos para defender a cidade de Roma (Imperador Augustus).
1 a.C.: Roma - Orbe - Primeiros legionários bombeiros nas províncias romanas.
6 d.C.: Roma - Urbe - Primeiro Corpo de Bombeiros Militar do mundo oficialmente constituído, composto de 7 mil
legionários bombeiros, divididos em sete coortes, só para defender a cidade de
Roma: as Cohortes Vigilum.
Original em latim da primeira bomba portátil do mundo,
inventada
por Ctesibius (250 a.C) e aperfeiçoada por Heron de Alexandria.
O MODELO PORTUGUÊS
1395 - (Lisboa) - Primeira brigada de incêndio de cidadãos,
por Carta Régia de D. João I.
1886 - Lisboa - Surge oficialmente à primeira Associação de Bombeiros Voluntários.
1930 - Lisboa - E criada a Liga dos Bombeiros Portugueses.
1979 - Lisboa - Foi instituído o Serviço Nacional de
Bombeiros, congregando bombeiros civis e militares, profissionais ou
voluntarios.
O MODELO FRANCÊS
1763 - Paris — O general Pierre Morat cria os seis primeiros grupos de bombeiros civis, não remunerados, cognominados de
Gardes Pompes.
1792 - O general Napoleão Bonaparte, percebendo que os
Gardes Pompes não funcionavam, semimilitarizou-os sob o nome de
Compagnie de Pompes Publiques. Eram três companhias (oito chefes e 270
homens) com a obrigação de usar um sabre-briquet como distinção.
Desfilaram pela primeira vez em uniformes em 1795. Por problemas
financeiros, relaxaram a disciplina. Ainda não eram militares de verdade.
1810 - Aconteceu o grande incêndio da Embaixada da Áustria, durante uma festa em homenagem a Napoleão, agora Imperador
da Franca, quando morreram muitos membros da realeza. Por causa disso, o Imperador descobriu que os bombeiros não eram confiáveis e
eram incapazes de cumprir ordens.
18 de setembro de 1811 - Napoleão militariza definitivamente
o Corpo de Bombeiros. Cria o Bataillon des Sapeurs Pompiers,
sob o controle direto do ministro do Interior, com leis militares
e com direito a um soldo. Eram 576 homens divididos em quatro companhias,
todos usando obrigatoriamente fuzil-baioneta, comandados pelo
chefe de Policia.
20 de marco de 1818 -
(fogo e vinho - Sexta-Feira Santa) - primeira grande prova de fogo para os novos bombeiros
militares. Durante o combate ao incêndio na Comedie Francaise, falta
água e, graças à engenhosidade e autoridade militar dos bombeiros, o
fogo foi apagado com vinho, "cedido graciosamente" pelos
comerciantes e moradores locais mais abastados, diretamente de seus tonéis
particulares, para os carros-pipa do Corpo de Bombeiros.
7 de novembro de 1821 - O Corpo de Bombeiros e integrado definitivamente as Forças Armadas, porém ainda sob o comando
do chefe de Polícia.
1822 - O Corpo de Bombeiros recebe, agora em definitivo, o comando de um coronel do Exército e passa a ser considerado
uma força auxiliar do Exército, podendo atuar tanto na paz como nas
frentes de batalha, porque os sapadores bombeiros eram os principais
homens encarregados de, com suas ferramentas de sapa, desmontar
bombas ou minas, plantadas ou caídas, explodidas ou não, deixadas pelo
inimigo, e assim até os dias atuais, apesar de agora já existir um
Grupo Especial Antibombas da Polícia para casos de terrorismo. Atuou nas 1ª
e 2ª Grandes Guerras Mundiais.
1830 - Nova revolução francesa. O Corpo de Bombeiros e ainda mais militarizado. A partir desse ano os integrantes são
todos obrigados a aprender a ler e escrever, bem como fazer ginástica pesada,
diurna e noturna.
1940 - 2ª Guerra Mundial - Com a ofensiva alemã, Paris e ocupada. Os alemães desmobilizam o Exercito francês, menos
os Corpos de Bombeiros, que continuarão militares, porem agora sob o
comando alemão do Regimento Sachsen de Engenharia. Os alemães têm consciência de que somente a disciplina militar faz funcionar
os Corpos de Bombeiros. Os bombeiros continuam a participar de todas as
atividades de defesa civil, incluindo-se agora o transporte de refugiados,
feridos, distribuição de rações, controle de arquivos militares etc.
1944 - Incêndio no Grand Palais - Os bombeiros ficam entre
dois fogos. Os alemães cercam os maquisards no Grand Palais e
ateiam fogo no prédio. São necessárias três horas de negociações para
que os alemães permitissem aos bombeiros apagar o incêndio. Dois dias
depois, em outro grande incêndio, os bombeiros entram em choque com os
alemães e são presos e maltratados.
1965 - O Batalhão de Sapadores Bombeiros e integrado a Arma de Engenharia do Exercito.
1965 - O Batalhão de Sapadores Bombeiros e integrado a Arma de Engenharia do Exercito.
1967 — Pela sua eficiência, importância e competência, o
Bataillon des Sapeurs Pompiers e agora transformado em Brigada do
Exercito: La Brigade de Sapeurs Pompiers, tendo pela primeira vez o
comando de um general (6 mil homens divididos em 78 centros de socorro).
Ainda neste ano criou-se então, no seio da Brigada, a Defesa Civil
(Corps de Defense) com 462 homens. São criadas as Colunas Moveis de Socorro
para casos de emergências diversas, incêndios em florestas, auxílios
humanitários no pais e no estrangeiro, calamidades publicas em quaisquer
partes do mundo etc.
1968 - Criada a primeira Unidade de Instrução de Segurança
Civil (UISC-1), encarregada de dar instruções para o publico e da
formação de novos voluntários de defesa civil.
1981 - E criação um quartel só para a Defesa Civil, porem
sempre administrado pela Brigada. A Direção Nacional de Defesa
Civil continua sob a supervisão geral do ministro do Interior (desde 1811),
porem sob o controle e a organização diretos dos bombeiros militares.
2000 - O Corpo de Bombeiros Militar possui agora, só para
Paris, 7 mil homens, fora os bombeiros voluntários. Em toda a
Franca, os Corpos de Bombeiros Voluntários permanecem organizados, instruídos
e controlados pelos bombeiros militares. A formação de
oficiais e praças é similar a do Exercito. Os oficiais podem advir da Academia
de Bombeiros ou da tropa PM, porem cerca de 75% provêm da Arma de
Engenharia do Exercito, com reciclagem na Brigada de Sapadores Bombeiros.
O MODELO BRASILEIRO
1789 - Rio de Janeiro - A bomba manual de dois cilindros e
utilizada oficialmente no grande incêndio que destruiu o
Recolhimento de
Nossa Senhora do Parto, que existia próximo a Praça XV (duas
pinturas
retratando o fato existem no Museu do Corpo de Bombeiros do
Rio de
Janeiro).
1797 - Rio de Janeiro - Através do Alvará Régio de 12 de
agosto o Arsenal de Marinha passou a ser o órgão publico responsável
pela extinção de incêndios na cidade.
1856 - Rio de Janeiro - Baseado nos modelos militar francês
e civil português, porem ainda com resquícios das influencias inglesa
e alemã, surge no Brasil o primeiro serviço publico de combate a
incêndios, fundado pelo imperador D. Pedro II, através do decreto
imperial n- 1.775 do dia 2 de julho, que começou seus trabalhos utilizando
bombas manuais e a vapor francesas, inglesas e brasileiras, respectivamente
dos Arsenais de Guerra e Marinha, Repartição de Obras Publicas e Casa de
Correção, todos agora reunidos numa só órgão: o Corpo de Bombeiros
Provisório da Corte (CBPC).
1860 - Rio de Janeiro - E regulamentado definitivamente o Corpo de Bombeiros da Corte (CBC), sob a jurisdição do ministro da
Justiça, recebendo graduações militares.
1880 - Rio de Janeiro - O Decreto imperial 7.766, de 19 de
julho de 1880, militariza definitivamente o Corpo de Bombeiros do
Rio de Janeiro, concedendo graduações militares a seus oficiais com
o grau Maximo de tenente-coronel.
1892 — Joinville (SC) - Surge o primeiro Corpo de Bombeiros Voluntário do Brasil.
1908 - Rio de Janeiro (DF) - Inaugurado o novo e definitivo Quartel Central do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal,
obra do coronel do Exercito, engenheiro Francisco Marcelino de Souza
Aguiar, ex- Comandante-Geral do Corpo de Bombeiros da Corte Imperial de
Dom Pedro II.
2 de julho de 1941 - Rio de Janeiro (DF) - Na Praça da
Republica 35, Centro, RJ, ao lado do QCG, foi inaugurada a Capela
Católica do Corpo de Bombeiros, que leva o nome do primeiro padroeiro dos
bombeiros do Brasil: São João de Deus.
2 de julho de 1977 - Rio de Janeiro - Criado o primeiro
Museu de Bombeiros do Brasil.
1983 - Rio de Janeiro - Foi instituída, pela primeira vez no
Brasil, a Secretaria de Defesa Civil do Estado do Rio de Janeiro,
ficando o Corpo de Bombeiros sob sua direta subordinação.
1992 -Joinville - Criado o primeiro Museu Nacional de
Bombeiros.
1997 — Rio de Janeiro - Criado o primeiro Corpo de Bombeiros Voluntários do Rio de Janeiro.
2003 - O Museu Histórico do Corpo de Bombeiros foi
rebatizado com o nome de Centro Histórico e Cultural do Corpo de
Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro, estando nele inclusa a Banda
Sinfônica da Corporação.
Nota:
*Os fatos narrados neste resumo histórico foram compilados
dos arquivos
do Corpo de Bombeiros, de algumas publicações brasileiras
confiáveis
e/ou traduzidos dos seguintes livros estrangeiros da Franca
- Esprit de
feu, Manuel du Sapeur-pompier e Sauver ou perir; da Alemanha
- Manner
ohne Waffen; da Suíça - Die Feuerwehren der Welt; da Áustria
-Das
Grosseoberösterreichische Feuerwehrbuch; da Itália -
Pompieri (Vigilli del
Fuoco); dos Estados Unidos - Discovering Américas'Fire
Museums; de
Portugal - Do Exercício do Fogo e de diversos outros
escritos de origem
brasileira ou ultramarina.
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